Sumire apenas vive apenas para cumprir um objectivo: ser escritora. Desde a infância até à idade adulta escreve toneladas de linhas, a maioria sem sentido aparente, todos os dias.
Não sabe o que é o amor e desconhece por completo o sentimento de atracção física. Nunca teve namorados nem quer ter. Supostamente, não precisa disso para nada. O seu melhor amigo, secretamente e eternamente apaixonado por ela, conhece-a melhor do que ninguém. Apesar da impossibilidade de ser seu amante, ele está sempre presente e ajuda-a em tudo, independentemente da hora, seja dia ou noite.
Num casamento, Sumire conhece Miu e imediatamente é assolada por um amor verdadeiro. Inesperadamente, a seta do cupido atinge uma mulher e a protagonista vê a sua vida dar uma volta de 180 graus. Começa por trabalhar como secretária para a sua amada, mas, fugazmente, surgem os convites para viagens.
Ambas vão parar a uma ilha grega e são felizes durante dias a fio, mantendo sempre a distância exigida por Miu. Uma noite, Sumire abre a sua alma a Miu, mas não obtém a resposta ansiada. No dia seguinte, Sumire desaparece sem deixar rasto e Miu, desesperada, acaba por pedir auxílio ao melhor amigo, até aí seu desconhecido. O estranho desaparecimento dá o impulso necessário para uma aventura na busca de explicações e soluções infrutíferas.
A obra discute posições "socialmente correctas" e questiona o leitor sobre as várias possibilidades de amar. A vida não é rectilínea e, muitas vezes, basta um olhar para alterar um destino previamente definido. Sumire representa a espontaneidade de um amor louco e ingénuo, enquanto Miu transparece as dúvidas de alguém com medo do presente e do futuro.
A paixão, o amor podem mudar rumos, alterar uma vida e criar novas esperanças. O futuro só a cada um pertence.
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